#Projetovidasaudavel: 10 erros que cometemos em busca da saúde
18:54
Muitas vezes, acabamos dando mais importância ao senso comum, que para ser saudável deve-se comer 3 vezes ao dia, fazer exercícios e não abusar da gordura. E não é bem assim, quando comecei com a Reeducação Alimentar, minha mãe ficou louca dizendo que eu jamais emagreceria comendo de 6 á 7 vezes ao dia. Mas na verdade é bem ao contrário, vamos ver os erros que mais cometemos em busca da saúde?
1.
Deixar o sono em segundo plano
A ideia: Quem pratica exercícios regularmente e
se alimenta bem pode se dar ao luxo de dormir algumas horinhas a menos.
Na prática: A maioria das pessoas precisa de
pelo menos sete horas de sono para manter o corpo em funcionamento – e isso não
é um exagero. A ciência já provou que dormir pouco pode desencadear
uma série de problemas de saúde, como pressão alta, depressão, diabetes e diminuição
da resposta do sistema imunológico a vacinas, além de afetar a memória,
desacelerar o metabolismo, diminuir a criatividade e prejudicar o aprendizado.
Uma vida saudável começa na cama, com uma boa noite de sono.
2. Apostar todas as fichas na academia
A ideia: Para manter uma boa saúde e um corpo saudável, basta pegar
pesado nos exercícios. Certo?
Na prática: Errado. Estudos mostram que fazer exercícios
regularmente ajuda o sistema imunológico, melhora o humor e dá mais energia.
Mas não adianta exagerar nos pesos. Se o consumo de calorias ingeridas
diariamente não diminuir, correr uma maratona na esteira não vai levar você a
lugar algum. E outra. Malhar geralmente abre o apetite – e aquele pedaço de pizza vai ficar ainda mais apetitoso.
Portanto, aliar exercícios ao planejamento nutricional é importante para
garantir um bom resultado – seja ele perder peso, ou ganhar músculos.Além
disso, é importante ter limites: pegar pesado demais na malhação pode provocar
fadiga, dificuldades para dormir, dores musculares e diminuição da imunidade. O
ideal é procurar um profissional que ajude a avaliar o melhor programa de
exercícios e de alimentação, mantendo um equilíbrio entre o que é consumido e o
que é gasto nas atividades diárias.
3. Ignorar
as informações nutricionais
A ideia: Parece tudo muito simples – alimentos naturais são
melhores que os não-naturais; tudo que tem menos calorias é mais saudável;
orgânico é sempre melhor que industrializado.
Na
prática: Você viu essas
afirmações em algum lugar, mas certamente não foi na tabela de informações
nutricionais. Se você checar os outros dados que vêm nas embalagens, vai
perceber que eles revelam bem mais do que o número de calorias por porção.
Um dos mais ignorados (e mais alarmantes) é o sódio, ligado
ao aparecimento de doenças como hipertensão, problemas do coração e doenças
renais que estão entre os principais problemas de saúde pública do Brasil
segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Ministério da
Saúde e a Organização Mundial de Saúde recomendam que o consumo diário de sódio
não ultrapasse 2.000 miligramas.
4. Pensar
que alimentos orgânicos são sempre mais saudáveis
A ideia: Você vê a plaquinha com a palavra “orgânico” e já
consegue visualizar aquele tomate em uma fazenda distante, sendo plantado e
cultivado com imenso cuidado para preservar todos os nutrientes.
Na
prática: Pesquisadores
da Universidade de Stanford mostraram que não há muita
diferença entre os alimentos orgânicos e os convencionais. Ou seja, nada de
tomates saltitantes. Produtos orgânicos são, por definição, cultivados sem o
uso de produtos químicos, como fertilizantes e pesticidas – os infames
agrotóxicos, que podem fazer mal.
“Mas os alimentos orgânicos serão saudáveis se consumidos
dentro de uma dieta balanceada, como acontece com os demais alimentos”, afirma
Luana Caroline dos Santos, professora do curso de Nutrição da UFMG. Ela explica
que valem as mesmas regras: se tubérculos e cereais convencionais devem ser
consumidos com moderação, o mesmo se aplica às suas versões sem pesticidas. Ou
seja, não adianta nada se entupir de batata-frita ~orgânica~.
5. Adiar
os exames de rotina
A ideia: Quem se alimenta bem, faz exercícios e não fuma não
precisa ir ao médico com frequência.
Na
prática: Deixar para ir ao
médico somente quando se está doente ou sentindo dores é uma péssima decisão,
mesmo para quem mantém hábitos saudáveis. Fazer checkups anuais e buscar conselhos médicos para manter a saúde
do corpo é a melhor opção e ajuda a prevenir e diagnosticar o desenvolvimento
de doenças em sua fase inicial.
6. Montar
sua própria dieta
A
ideia: Emagrecer é fácil – é
só cortar carboidratos, doces e carnes para ver a mágica acontecer.
Na
prática: Não existem
fórmulas pré-estabelecidas para o emagrecimento – e, caso existissem, com
certeza não incluiriam a exclusão de grupos alimentares inteiros do cardápio.
“O grupo de cereais, que inclui pães e arroz, é geralmente o primeiro a ser
cortado em dietas – e isso é um erro. Estes alimentos são importantes fontes de
energia e não devem deixar de ser consumidos”, explica a nutricionista Aline
Cristine Souza Lopes.
A ideia é manter uma alimentação variada, “colorida” e bem
balanceada que inclua leite e seus derivados – importantíssimas fontes de
cálcio -, os nutrientes, as vitaminas e minerais – ricos em fibras e
importantes para regular a digestão e fortalecer o sistema imunológico -,
proteínas e, com moderação, as gorduras e açúcares.
7.
Acreditar que salada é sempre a melhor opção
A
ideia: Almoçar um prato de
salada é sempre melhor do que optar por um hambúrguer.
Na
prática: Nem sempre. Em
restaurantes, a lógica é às vezes é colocada à prova – quem opta pelo lado
verde do menu pode não estar fazendo a escolha mais saudável. Não se deixe
enganar pela montanha de alface: uma salada acompanhada por frango frito,
croûtons (aqueles pedacinhos de pão, fritos ou assados e não muito saudáveis),
maionese ou outros temperos, pode ser muito mais prejudicial à saúde do que um
sanduíche leve.
8.
Substituir a água por outras bebidas
A
ideia: Para manter o corpo
hidratado, consumir refrigerantes, sucos e outras bebidas é tão eficiente
quanto ingerir água.
Na
prática: A água não possui
conservante, corante, aromatizante e outros vários componentes que podem ser
nocivos à saúde, principalmente se consumidos em excesso. Além de causar
sensação de saciedade, ela dá ao corpo energia, protege o sistema imunológico e
ajuda a prevenir dores de cabeça e musculares.
9.
Consumir doses grandes de vitaminas e suplementos
A
ideia: O corpo precisa de
vitaminas – e elas são vendidas em potinhos. Uma receita fácil para se tornar
saudável, não é?
Na
prática: Mesmo se tratando
de substâncias necessárias para o bom funcionamento de nosso organismo, o
consumo de vitaminas e suplementos alimentares sem orientação médica está longe
de ser a opção recomendada. Na verdade, é uma escolha desnecessária na maioria
dos casos.
Vitaminas e minerais podem ser obtidos diariamente através
do consumo de alimentos. Segundo a nutricionista Aline Cristine Souza Lopes, “a
primeira alternativa deve ser sempre a alimentação balanceada – ela é á capaz
de suprir plenamente as necessidades do organismo”. O uso de suplementos só é
recomendado em casos extremos de deficiências nutricionais e um médico deve ser
consultado para avaliação das necessidades específicas do paciente.
10.
Esquecer que saúde é um processo
A
ideia: Ser saudável
significa perder peso – e este é um objetivo conquistado com muito suor e pouco
churrasco.
Na
prática: Saúde não é medida
nos ponteiros da balança. “Muitas vezes as pessoas adotam dietas da moda para
se adequarem, de forma imediata, a um padrão. Mas uma vida saudável não é
ditada por uma fórmula. É um estilo de vida”, defende a nutricionista Luana dos
Santos. Isso significa que não são os números – de calorias cortadas, de quilos
a serem perdidos, ou de quilômetros corridos – que vão determinar a qualidade
de vida.
O termo que se costuma usar para denominar a lista de
alimentos e hábitos que melhor atendem às necessidades do organismo é “plano
alimentar”. O nome já entrega: a ideia é que manter-se saudável depende de um
planejamento duradouro e pensado em longo prazo. E, para que ele dure, é
preciso que esteja alinhado a atitudes que possam se tornar hábitos – nada de
receitas milagrosas.
Fonte: Superinteressante.
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