O charme dos cobogós

Cobogó é um elemento vazado, inspirado nos muxarabis (tramas vazadas de madeira) que eram utilizados na arquitetura moura. Surgiu na década de 20 quando os engenheiros Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góis, que moravam em Recife, criaram o elemento para amenizar as condições climáticas no interior das residenciais.

Patentearam o elemento com as iniciais de seus nomes que acabou se popularizando entre 1940 e 1950. O recurso foi adotado pela arquitetura modernista sendo muito encontrado em casas e prédios públicos. Inicialmente era feito com blocos de cimento vazados, mas atualmente encontrasse também em materiais como o vidro, cerâmica, madeira e porcelana e em diferentes padrões. 

Em um projeto arquitetônico, a função é decorativa, mas também em ambientes internos utiliza-se na divisão de espaços, pois, devido a sua forma vazada não ‘sufoca’ o ambiente, pois a luminosidade e a ventilação tem livre passagem garantindo assim divisão e privacidade. 

Atualmente é um elemento muito utilizado também em fachadas de casas e prédios. A instalação é simples, mas o material por sua vez é mais frágil que a alvenaria. A recomendação é utilizá-la com uma barra de metal fixada a cada duas fileiras. Além disso, é indicado o uso de argamassa para o assentamento sendo recomendado uma junta de cerca de 3cm entre as peças para melhor sustentação.

Hotel Qing Shui Wan, na China

Biblioteca Nacional de Brasília, de Oscar Niemeyer 

Loja Hi-Lo, em Belo Horizonte.